Pesquisas recentes no campo chamado de criatividade confirmam o que mentores, treinadores esportivos e outros profissionais já percebiam há tempos: feitos extraordinários são realizados normalmente por pessoas comuns com alto grau de foco, curiosidade intensa e uma relação passional com o que fazem. Muitas dessas descobertas frequentemente modificam ideias por trás de noções populares como talento, ócio criativo, inspiração e intuição.
Nosso conhecimento sobre criatividade já não depende mais apenas dos depoimentos pessoais de entrevistados, que podem induzir a mal entendidos. Podemos recorrer às novas tecnologias como tomografia computadorizada, ressonância magnética funcional e estimulação magnética transcraniana que contribuíram para o fato de que, nos últimos 15 anos, passamos a entender mais sobre o funcionamento do cérebro (não necessariamente da mente) do que em toda a experiência humana anterior.
As pesquisas do professor Charles Watson são uma tentativa de discutir algumas dessas descobertas e sua pertinência para uma compreensão mais ampla desse problema complexo. A palestra de 4 horas vai traçar analogias entre sistemas biológicos, seu uso de informação aleatória e como isso se relaciona com a necessidade de usar “informação inútil” no processo criativo.